20 setembro 2010

Caravaggio

Michelangelo Merisi da Caravaggio (Milão, 29 de Setembro de 1571 – Porto Ercole, comuna de Monte Argentario, 18 de Julho de 1610) foi um pintor Italiano atuante em Roma, Nápoles, Malta e Sicília, entre 1593 e 1610. É normalmente identificado como um artista Barroco, estilo do qual ele é o primeiro grande representante. Caravaggio era o nome da aldeia natal de sua família, que ele adotou como nome artístico.

Mesmo ainda vivo, Caravaggio era considerado enigmático, fascinante e perigoso. Nascido em Milão, onde seu pai, Fermo Merisi, era administrador e arquiteto-decorador do Marquês de Caravaggio, Michelangelo Merisi surgiu na cena artística romana em 1600 e, desde então, nunca lhe faltaram comissões ou patronos. Porém ele lidou com seu sucesso de maneira atroz. Uma nota precocemente publicada sobre ele, em 1604, descrevia seu estilo de vida três anos antes: "após uma quinzena de trabalho, ele irá vagar por um mês ou dois com uma espada a seu lado e um servo o seguindo, de um salão de baile para outro, sempre pronto para se envolver em alguma luta ou discussão, de tal maneira que é bastante torpe acompanhá-lo." (Floris Claes van Dijk; Roma, 1601.)Considerado um farrista inconseqüente, ele vivia com problemas com a polícia, sem dinheiro e buscava brigas nos pulgueiros da cidade. Em 1606, mata um jovem durante uma briga e foge de Roma, com a cabeça a prêmio. Em Malta (1608) envolve-se em outra briga, e mais outra em Nápoles (1609), possivelmente um atentado premeditado contra a sua vida devido suas ações, por inimigos nunca identificados. No ano seguinte, após uma carreira de pouco mais do que uma década, Caravaggio estava morto, aos 38 anos.

Em 16 de junho de 2010 uma equipe de cientistas e universitários italianos do "Comitê Caravaggio" anunciou a identificação dos restos mortais do pintor, graças a análises de DNA e de carbono-14

16 julho 2010

10º Festival de Inverno de Paranapiacaba

O 10º Festival de Inverno de Paranapiacaba, em Santo André, acontece nos dias 17, 18, 24 e 25 de julho.

Todos os anos o festival costuma receber grande parte do público do ABC paulista e da grande São Paulo com diversos shows e apresentações de teatro e dança.

Entre os nomes confirmados estão Léo Maia, Fernanda Porto, Ed Motta, Ana Cañas, Zeca Baleiro, Isabela Taviani, Virginia Rosa, Bruna Caram, Zélia Duncan, Maria Rita e Nô Stopa.

Os novos talentos da música e de outras artes da região também ganharão espaço na sessão “Revelações” do Festival, nomes como Tulipa Ruiz, Juliana Lima, Lulina e Éder Palmieri marcam presença.



14 julho 2010

Dos Mesmos Criadores de Era do Gelo - RIO



Rio - Aguardem a nova animação em 3D, produzida pelos mesmos produtores de "Era do Gelo"A historia ocorre na magnífica cidade do Rio de Janeiro e nas florestas exuberante do Brasil, nosso personagem principal se chama Blu, uma arara azul que viaja atrás de seu amor, a ultima da especie
Os produtores garantem uma historia envolvente, uma fauna de personagens vibrantes e muita cor.

Vamos aguardar para viajar com blu

Mostras em SP destacam filmes de Quentin Tarantino


AE - Agência Estado

No mês em que se comemora o Dia do Rock - celebrado hoje -, o cineasta americano Quentin Tarantino é o homenageado da mostra Rock Tarantino, que estreia hoje

na programação do Cine Olido e Centro Cultural São Paulo (CCSP). Realizado pela Secretaria de Cultura da Prefeitura de São Paulo, o projeto brinca com a forma rock?n?rol com que Tarantino pensa seus filmes, esmiuçando algumas das influências que carrega na sua cabeça de enciclopédia cinematográfica ambulante.

Há comentários de que o período em que Tarantino trabalhou como atendente de uma locadora, aos 22 anos, foi fundamental para a construção de seu repertório. Naquela época, ele já escrevia roteiros, o que culminou no marcante "Cães de Aluguel" (1992). "Queríamos mostrar que os filmes de Tarantino são um quebra-cabeça de referências e tentar entender como ele as usa, criando uma obra própria", explica Alex Andrade, idealizador do projeto e curador da mostra em cartaz no Cine Olido. Lá, a brincadeira gira em torno do filme "Bastardos Inglórios", o mais recente longa do cineasta e que foi indicado ao Oscar de Melhor Filme deste ano.

Estrelado por Brad Pitt, o filme usa como pano de fundo a França ocupada pelo exército alemão durante a Segunda Guerra. "Quando saí do cinema, após cerca de três horas de projeção do Bastardos, comecei a lembrar de filmes que eu já tinha assistido e aos quais aquelas imagens me remetiam", conta Alex. As pontes estabelecidas entre Bastardos e outros filmes podem levar até o western "Rastros de Ódio", de John Ford (1956), ou mesmo a "O Mágico de Oz" (1939), passando por "O Encouraçado Potemkin" (1925), o noir "O Desespero de Veronika Vöss" (1981) e o político "A Batalha de Argel" (1965). No caso de "O Mágico de Oz", uma das referências mais inusitadas, o curador Alex explica a relação: "Ao final, Shosanna Dreyfuss (papel de Mélanie Laurent) é vista na tela e as labaredas aparecem. No filme, o rosto gigantesco de Oz é também uma imagem projetada, uma criação feita por fumaça e espelhos".

À princípio pensada para se centrar em "Bastardos Inglórios", Rock Tarantino foi ampliada. No CCSP, o mote do estudo são os dois volumes da série "Kill Bill", que acompanha a saga de uma mulher (Uma Thurman) com sede de vingança. Por isso, nada mais apropriado do que montar um ciclo de filmes cults e desconhecidos. "Tarantino sabe manipular imagens que aparecem repetidas vezes dentro de um gênero", observa Célio Franceschet, curador da mostra no CCSP - que exibe hoje, às 20h, "À Prova de Morte", que permaneceu inédito no Brasil por três anos. Já a obra completa do cineasta está no Centro Cultural da Juventude. As informações são do Jornal da Tarde.

Mostra Rock Tarantino - CCSP: R. Vergueiro, 1000. Grátis. (ingressos 1 hora antes). Cine Olido: Av. São João, 473. Ingressos: R$ 1. Centro Cultural da Juventude: Av. Dep. Emílio Carlos, 3641, Vila Nova Cachoeirinha. Grátis (ingressos 30 min antes).



Reabertura da Biblioteca Mário de Andrade

Na próxima quarta-feira, dia 21 de julho, a Biblioteca Mário de Andrade abre novamente seu acervo circulante. Com mais de 42 mil livros o público poderá fazer empréstimos de obras clássicas e títulos modernos como “Crepúsculo”, “Lula: o Filho do Brasil”, “O Diabo Veste Prada”, entre outros.

O acervo também conta com livros de Paulo Coelho, de autoajuda e uma prateleira exclusiva para teatro.

A biblioteca completa só será inaugurada definitivamente em 2011, disponibilizando os de 320 mil títulos existentes nos 22 andares da Mário de Andrade.

Para fazer seu empréstimo, basta levar um documento com foto e comprovante de endereço. A carteirinha serve para qualquer biblioteca da rede municipal.

Fonte

13 julho 2010

Dia do Rock


Parabéns Nação Roqueira - Hoje é dia do ROCK



Saudades de quando nosso velho em bom rock rolava livremente pelas radios









Dos anos 80 até hoje: a história dos Titãs contada por eles mesmos





26 junho 2010

Carlos Drummond de Andrade


Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

SONETOS DE VINICIUS......


Poema de Natal

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.


Vinicius de Moraes



Soneto de Fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.



Vinicius de Moraes







Soneto da Separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Vinicius de Moraes


23 junho 2010

Exposição no MASP

FRANCISCO STOCKINGER
Período:
De 2 de junho a 22 de agosto de 2010
STOCKINGER - O DESCANSO DO GUERREIRO,
em cartaz de 2 de junho a 22 de agosto no MASP - Galeria Clemente de Faria


Exposição traz uma retrospectiva crítica do artista brasileiro de origem austríaca, morto no ano passado aos 89 anos. São 67 obras ao todo, entre esculturas de médio e grande porte, objetos utilitários, xilogravuras e desenhos - inclusive um retrato do artista feito por Flávio de Carvalho. Mostra tem concepção e coordenação geral de Fábio Coutinho, curadoria de Maria Alice Milliet e vai ocupar a Galeria Clemente Faria, o Mezanino e o Hall Cívico do MASP, a partir de 2 de junho.



MAX ERNST - UMA SEMANA DE BONDADE -
exposição inédita na América com as 184 colagens criadas pelo artista em 1933.



MAX ERNST
UMA SEMANA DE BONDADE
Período:
23 de abril a 18 de julho de 2010

Sensação na Europa em 2008 e 2009, Max Ernst - Uma Semana de Bondade inicia em 23 de abril no MASP sua itinerância pela América. Conservada por mais de 70 anos pelo colecionador francês Daniel Fillipacchi, coleção completa do Gênesis de Ernst traz 184 colagens, cinco delas não exibidas sob alegação de blasfêmia em exposição realizada em Madri, em 1936 - a primeira e única a atual turnê. Nas imagens, a crítica cáustica e surrealista às convenções sociais da Europa do período entre guerras.


SAIBA MAIS




ROMANTISMO: A ARTE DO ENTUSIASMO


Rosas num Copo, Jean-Baptiste-Camille Corot, é uma das obras do acervo MASP na exposição Romantismo, a Arte do Entusiasmo, em cartaz a partir de 05/02








Obras de Bosch, El Greco, Monet, Renoir, Van Gogh, Dalí, León Ferrari, Tomie Ohtake e dezenas de outros mostram que os ideais do Romantismo - movimento identificado entre meados dos séculos XVIII e XIX - permeiam a arte produzida nos últimos 500 anos no Ocidente.


22 junho 2010

Picasso o gênio e suas surpresas

NOVA YORK - O artista do século 20 mais discutido, criador de produção superabundante e de algumas das obras mais caras do mundo, Picasso (1881-1973) também é o artista mais exibido do planeta. Este ano há pelo menos 30 grandes mostras dele, várias concomitantes, em cidades como Amsterdã, Atenas, Berna, Istambul, Londres, Moscou, Taipei e Viena. Sem falar nas que estão pela Espanha, onde nasceu, e França, onde passou quase toda a vida. Nova York tem duas: Picasso in The Metropolitan Museum of Art, aberta até 1.º de agosto, e Picasso: Themes and Variations, em exibição no MoMA até 6 de setembro. Com quase 300 peças, a mostra no Met focaliza só obras do acervo do museu, que está exibindo de uma só vez todos os seus Picassos.

O ator. Sob a figura rosa havia uma composição de paisagem

Picasso in The Metropolitan toma nove galerias e faz um panorama da carreira e dos estilos do artista que, embora seja um dos mais estudados, ainda causa surpresas. Em exames feitos nas telas da coleção permanente, o Met fez várias descobertas, reveladas em vídeos na mostra. E, entre várias obras célebres exibidas antes, o museu incluiu La Douleur (A Dor), com cena erótica criada em 1902 ou 1903, nunca saído do depósito desde que doado ao museu em 1982.

Havia dúvidas sobre a autenticidade da obra mas, além da confirmação de ser um Picasso verdadeiro, os pesquisadores traçaram toda a história de propriedade dele, desde 1912, quando foi vendido pelo alfaiate Benet Soler, que fazia roupas para o pintor em Barcelona. Pode ser que Picasso, para manter a elegância mesmo sem dinheiro, tenha feito escambo entre o quadro e um par de calças ou um terno.

O suicídio do amigo Carles Casagemas teria originado o melancólico Período Azul de Picasso, lembrado na segunda galeria. Esta começa com dez caricaturas de 1900 de amigos que frequentavam com ele o café El Quatre Gats, em Barcelona (onde, naquele ano, expôs 150 desenhos). Os desenhos seguem o estilo na época conhecido como modernista e são assinados por P. Ruiz Picasso.

No fim de 1901, nota-se que as cores do período dos cafés dão lugar a uma palheta de azuis e ocres, como em O Desjejum do Cego (1903). Sob essa figura, outra descoberta: o homem foi pintado em cima da composição de uma mulher, da qual havia fotos, mas não se sabia onde estava até os exames feitos pelo museu.

Em 1904, Picasso fixou-se em Paris e conheceu a modelo Fernande Olivier, sua companheira até 1913, vivendo com ele os anos de pobreza do Período Rosa e do início cubista. Na primeira fase, as figuras dilapidadas e azuladas dão lugar a saltimbancos ou artistas de rua, seus temas básicos nos dois primeiros anos. Aponta-se como marco inaugural do Período Rosa O Ator (1905), que em janeiro, sofreu um rombo na parte direita inferior quando uma visitante do museu caiu sobre ele.

Restaurado e sem marcas visíveis, ele esconde a dureza financeira do jovem espanhol tentando se estabelecer como pintor em Paris. Picasso usava telas baratas e muitas vezes, reaproveitava as que ganhava de outros pintores. Os exames do Met mostram que, sob a figura esguia e rósea, havia uma composição horizontal de paisagem com uma figura humana. Picasso inverteu a posição da tela e expungiu a imagem original com grandes pinceladas de azul, cinza e vermelho. O período que começa com O Ator termina com a primeira pintura dele a entrar para a coleção do museu, o retrato da escritora Gertrude Stein, pintado em 1906 e doado ao Met pela retratada, em 1946.

Na quarta galeria, a jornada de Picasso vai de 1906 a 1915, anos em que ele e o amigo Georges Braque inventaram o cubismo e mudaram o curso da arte do século 20. No centro está a escultura de bronze Cabeça de Mulher (1909), que teve Fernande como modelo, é considerada a primeira escultura cubista e ponto-chave na formulação da linguagem pictórica do cubismo. Na época em que foi produzida, ela era chamada de "a cabeça quebrada", por causa dos ângulos que a formam.

As duas décadas seguintes da carreira se desdobram na quinta galeria, que começa com trabalhos criados a partir do fim da 1.ª Guerra. Surgem crianças nos quadros a partir do nascimento de seu primeiro filho, Paulo. A desintegração do casamento com a bailarina Olga Kokhlova é óbvia nos retratos em que a mostra como figura surrealista e castradora. Depois entram em cena as amantes Marie-Thérèse Walter e a fotógrafa Dora Maar, no fim dso anos 30. Da fase com Marie-Thérèse, o Met exibe A Sonhadora (1932), da mesma leva do valiosíssimo Nu, Folhas Verdes e Busto - ambos da série de grandes retratos feitos para a primeira retrospectiva do pintor em Paris, em junho de 32.

A coleção do Met, formada quase toda por doações, é menos favorecida em pinturas e desenhos produzidos por Picasso após a 2ª Guerra, mas é rica em trabalhos gráficos, principalmente em impressões sobre linóleo, mídia para a qual desenvolveu novas técnicas. A última galeria traz 30 impressões da Suíte 347, série de 347 gravuras feitas por Picasso aos 87 anos, que definem a produção dele: abundante e genial até o fim.



Fonte: Estadão

Auguste Rodin

O luar